Poster (Painel)
41-2 | Expressão do fenótipo killer por leveduras marinhas associadas a cnidários (Zoanthidae) tropicais | Autores: | PAGANI, D. M. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; SILVA, C. R. F. dos S. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; TENÓRIO, A. C. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; MONTEIRO, J. P. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; LIMA, W. J. S. de (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; PAULINO, G. V. B. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; CORREIA, M. D. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; LANDELL, M. F. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) |
Resumo A produção de toxinas killer pode exercer um papel ecológico importante na comunidade de leveduras, modificando a composição de espécies do substrato a favor das produtoras e permitindo que elas se estabeleçam com mais sucesso em relação àquelas sensíveis à enzima secretada. Poucos trabalhos dedicam-se a estudar biodiversidade de leveduras em zonas costeiras tropicais e não caracterizam a comunidade presente nos invertebrados, apenas apontam a presença ou ausência desses micro-organismos. Estudos nas áreas de ecologia microbiana e biotecnologia ambiental estão intrinsecamente ligados e a evidência crescente de simbiontes microbianos demonstra ser a verdadeira fonte de muitos compostos derivados de organismos marinhos, o que torna estes simbiontes um hotspot no campo da microbiologia marinha e de produtos naturais marinhos. O objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade de expressão do fenótipo killer de leveduras associadas a cnidários. Foram realizadas duas coletas na praia de Ponta Verde em Maceió, onde três espécies de cnidários, Palythoa variabilis, Palythoa caribaeorum e Zoanthus sociatus foram amostrados e 16 leveduras foram obtidas. O teste para a característica killer foi realizado em meio Ágar YM-MB (0,3% extrato de levedura, 0,3% extrato de malte, 0,5% peptona, 1% glicose, 2% ágar; 0,003% azul de metileno tamponado pH 4,2). Utilizou-se duas linhagens de referência como padrão de sensibilidade killer: Candida albicans ATCC 28367 e Cryptococcus neoformans ATCC 208821. As células foram ressuspensas em água destilada estéril até a turbidez de 0,5 na escala Wickerham e espalhadas nas placas de petri com auxílio de suábe. As linhagens marinhas a serem testadas foram inoculadas nas placas em forma de ponto e incubadas por 7 dias a 22-25ºC. Como resultados preliminares, até o momento foram testadas 12 leveduras marinhas e um dos isolados apresentou o fenótipo killer e inibiu o crescimento tanto de C. albicans ATCC 28367 como C. neoformans ATCC 208821 com a formação de um halo corado de azul ao redor de sua colônia. A levedura foi identificada como Trichosporon insectorum, o que corrobora com a literatura quanto a sua capacidade de produzir a proteína. Além do sucesso de colonização da levedura, modificando a diversidade local de micro-organismos filogeneticamente relacionados com a capacidade de produzir a toxina, o zoantídeo hospedeiro pode também beneficiar-se dessa toxina agindo em sua defesa, inibindo possíveis micro-organismos patógenos.
Apoio: Capes/FAPEAL e CNPq.
Palavras-chave: Ambiente tropical, Atlântico, Corais, Leveduras, Toxinas killer |